Israel e Hamas concordam com primeira fase de plano de paz para Gaza


Israel e Hamas chegaram a um acordo para implementar a primeira fase de um acordo de paz para a Faixa de Gaza, segundo anúncio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (8).

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, disse que este é um grande dia para o país, mas que continuará alcançando seus objetivos. Ele informou que reunirá o governo para ratificar o acordo — medida que está prevista na lei israelense.

O Hamas, por sua vez, afirmou que chegou a um entendimento para encerrar a guerra em Gaza. De acordo com o grupo radical, ele prevê a retirada das tropas de Israel do território, envio de ajuda humanitária e uma “troca de prisioneiros”.

Trump não deu mais detalhes sobre o que está nessa primeira parte do acordo, a não ser que ele prevê a libertação de todos os reféns e recuo dos militares de Israel. Entende-se que assuntos mais delicados, como o desarmamento do Hamas e a governança de Gaza, são pontos que ainda não foram fechados.

O anúncio é feito um dia após o ataque do Hamas que iniciou a guerra completar dois anos.

Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia, de acordo com contagens israelenses.

Durante a guerra, mais de 67 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.

Quando os reféns devem ser libertados?

Enquanto isso, fontes dão dias diferentes para o possível início da libertação dos detidos.

Em entrevista à Fox News, Donald Trump afirmou que os reféns devem ser soltos na segunda-feira (13), prazo que também foi informado por uma autoridade da Casa Branca à CNN.

Já um porta-voz do governo israelense disse à agência de notícias Reuters que espera que os reféns sejam libertados neste sábado (11).

E uma fonte do governo de Israel afirmou à CNN que a soltura deve acontecer no sábado (11) ou no domingo (12).

Quantos reféns estão sob posse do Hamas?

O Hamas e grupos aliados ainda mantêm 48 reféns na Faixa de Gaza. O governo israelense acredita que pelo menos 20 estejam vivos e 26 mortos — e não há informações sobre os outros dois.

Desses, 47 foram levados de Israel em 7 de outubro de 2023, dia do ataque do Hamas que iniciou a guerra. De acordo com Israel, 25 deles foram declarados mortos.

Há também Hadar Goldin, soldado das Forças de Defesa de Israel que foi morto em 2014 e teve o corpo levado para Gaza.

A maioria das pessoas ainda estão detidas em Gaza são cidadãos israelenses. Cinco são estrangeiros (três da Tailândia, um da Tanzânia e um do Nepal).

Dois dos reféns que se acredita estarem mortos têm dupla cidadania, dos Estados Unidos e de Israel.