Família é presa na Bahia acusada de extorquir médico e movimentar R$ 90 milhões

Imagem mostra mala com dinheiro

Três integrantes de uma mesma família foram presos nesta sexta-feira (26) na cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, durante uma operação da Polícia Civil que investiga crimes de agiotagem e extorsão. Os suspeitos são um homem de 55 anos e seus dois filhos, de 33 e 27 anos. Os nomes deles não foram divulgados oficialmente.

De acordo com as apurações, o grupo teria ameaçado um médico e sua esposa, moradores de Vitória da Conquista, obrigando-os a entregar veículos e imóveis avaliados em cerca de R$ 3 milhões.

Patrimônio apreendido pela polícia

No cumprimento dos mandados judiciais, os agentes encontraram mais de R$ 3 milhões em espécie guardados em malas. Também foram recolhidas joias avaliadas em aproximadamente R$ 500 mil, diversas armas de fogo e uma frota de 30 veículos, incluindo modelos de luxo.

Além das apreensões, a Justiça bloqueou a matrícula de três imóveis que estavam em processo de transferência. A medida foi solicitada pela polícia diante da suspeita de uso de documentação falsa para obtenção de empréstimos em instituições financeiras.

Veja o vídeo:

Movimentações milionárias

As investigações indicam que, somente nos últimos cinco anos, o grupo movimentou cerca de R$ 90 milhões em contas correntes pessoais. Os valores chamaram atenção pela discrepância em relação à renda declarada, reforçando as suspeitas de que a família atuava de forma sistemática no mercado ilegal de crédito.

Segundo a Polícia Civil, os investigados são apontados como agiotas e utilizavam ameaças diretas para assegurar o pagamento das dívidas.

Crimes investigados

Os três presos respondem a inquéritos pelos crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e falsificação documental. Eles também são investigados por possíveis irregularidades tributárias, econômicas e contra as relações de consumo.

A polícia segue analisando os bens apreendidos e os indícios de movimentações financeiras, enquanto a Justiça avalia as medidas cautelares contra o grupo.

Bruno Rodrigues, Bruno Rodrigues Filho e Átila Rebouças Rodrigues foram presos na Bahia — Foto: Reprodução