Ministros do STF identificam estratégia para desestabilizar Moraes

Ministro Alexandre de Moraes durante sessão da Primeira Turma do STF, ilustrando a reportagem

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão atentos a uma série de ações que, segundo sua avaliação, buscam enfraquecer a imagem e a autoridade do ministro Alexandre de Moraes. Essas movimentações, associadas a figuras como Donald Trump, Elon Musk e grandes empresas de tecnologia, são vistas como parte de uma estratégia coordenada para minar a confiança no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Em conversas com fontes próximas à corte, três ministros compartilharam a mesma percepção: há um esforço organizado para desestabilizar Moraes e, por consequência, o próprio STF. No entanto, o efeito dessa pressão tem sido o oposto do esperado. Internamente, o ministro está mais protegido do que nunca, com um consenso entre os colegas de que sua integridade é essencial para a condução imparcial do processo que envolve Bolsonaro e outros 33 acusados de supostamente planejar um golpe de Estado.


Moraes rebate críticas internacionais com firmeza


Em um discurso contundente, o ministro Alexandre de Moraes respondeu às ofensivas vindas dos Estados Unidos com uma frase que já viralizou: "Deixamos de ser colônia em 1822". A declaração, feita em defesa da soberania brasileira e da independência do Judiciário, reforça a postura do ministro de não ceder a pressões externas. Assista ao vídeo para entender o contexto completo de sua declaração.



A defesa de Moraes não se limita ao âmbito interno do STF. Entidades representativas da magistratura também têm se mobilizado para garantir a independência do Judiciário e as prerrogativas do ministro. Além disso, parlamentares contrários à tática de atacar as instituições brasileiras no exterior estão tomando medidas para contrapor essas ações.


Um exemplo recente é o projeto de lei apresentado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que propõe a proibição de entrada no Brasil de autoridades estrangeiras que atuem contra as instituições nacionais. A proposta é uma resposta direta à articulação liderada por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que busca barrar a emissão de visto para Moraes nos Estados Unidos.


Curiosamente, fontes próximas ao ministro revelaram que ele não renovou seu visto americano há três anos e não demonstrou interesse em fazê-lo. Esse detalhe reforça a ideia de que as pressões externas têm pouco impacto prático sobre Moraes, mas servem como um alerta para a necessidade de proteger a soberania e a credibilidade das instituições brasileiras.


Em resumo, o que poderia ser uma tentativa de desgastar a imagem de Moraes e do STF acabou fortalecendo a união interna e a defesa da independência do Judiciário. O caso serve como um lembrete de que, em um cenário de polarização, a resiliência das instituições é fundamental para a manutenção da democracia.